Todos sabemos que com saúde não se brinca, afinal, a vida é o bem mais precioso que possuímos. Em Fátima, contudo, esse conselho dos tempos dos nossos avós não vem sendo seguido. As notícias que temos é que o sistema de saúde municipal está às moscas nessa reta final da gestão Sorria. Essa semana, um vídeo feito por um morador que foi até a Maternidade Maria Jovita do Nascimento, em busca de socorro para uma senhora que gemia com fortes dores, deu o que falar na cidade. Ao se deparar com as portas da única unidade de saúde para emergência do município fechadas, o homem não teve dúvidas, sacou o celular, filmou a situação e jogou nas redes sociais. O vídeo viralizou e expôs o abandono da saúde do município. Em áudios vasados nos últimos dias, os servidores da saúde prontamente passaram a se defender e atribuir as devidas responsabilidades da situação. Ameaçados de levar tiros, alguns servidores explicaram que a prefeitura demitiu os funcionários contratados que faziam a segurança e que, na oportunidade exposta no vídeo, haviam apenas duas técnicas de enfermagem na unidade de saúde que trancaram as portas por temerem a ausência de segurança. Não havia médico, enfermeiro, nem recepcionista para atender o público.
Ao passar a eleição o prefeito, derrotado nas urnas, iniciou um processo de sucateamento do que já cambaleava. Demitiu todos os funcionário que pôde e deixou lacunas irreparáveis no sistema de saúde municipal. Com o atual efetivo, é absolutamente inviável que o sistema entregue o mínimo à população.
O último boletim informativo da COVID-19 foi emitido no dia 02 de dezembro e informa dois casos ativos da doença na cidade, entretanto, uma pesquisa rápida entre a população dá conta de, ao menos, mais três casos não informados no tal boletim. A secretaria parou de visitar os contaminados assim como o monitoramento e não há sequer um pronunciamento da secretária de saúde que não é mais vista pela cidade.
Ontem (5) o prefeito derrotado foi visto em ao menos três momentos batendo boca com o secretário de Cultura (Alan) pela cidade. Aos berros gritava que não era OTÁRIO, esbravejava e gesticulava com destempero. Essas atitudes demonstram que o fatimense encontra-se em total estado de abandono, a impressão que temos é que nesse momento é proibido ficar doente na cidade.
Ainda faltam 25 dias para Sorria “passar a faixa” ao prefeito eleito. Até lá, o fatimense deve assistir a outros capítulos desse filme de terror onde nada mais é fator de surpresa. Enquanto isso, os mandatários seguem se devorando em praça pública, enquanto o cidadão comum reza para que esses dias passem rápido.
- Observatório Fatimense.
Nenhum comentário:
Postar um comentário