O IPESE – Instituto de Pesquisas Sociais e Estatísticas, da empresa A B Santos ME, que tem como administrador o sociólogo Adailton Batista, realizou pesquisa minuciosa no município de Fátima, na Bahia, abrangendo preferencias eleitorais, situação dos administradores, inclusive frente ao combate da Covid-19, e outros assuntos de interesse dos fatimenses. O número do registro da pesquisa junto ao TRE é BA-03488/2020 e foi realizado no dia 11 de agosto de 2020, para ser divulgada a partir do dia 17 deste mês. O IPESE entrevistou um total de 400 pessoas no dia 27 de julho, com eleitores a partir dos 16 anos, tendo por base o quantitativo das diversas faixas de idade, renda, nível de instrução e sexo, pelo método PPT (Probabilidade Proporcional ao Tamanho). As faixas etárias de interesse foram: 16 a 17 anos, 18 a 24 anos, 25 a 34 anos, 35 a 44 anos, 45 a 59 anos, e 60 anos ou mais. Além dos critérios acima, o IPESE dividiu a amostragem representativa dos 15.855 eleitores de Fátima em 50,2%, ou 201 formulários, na sede do município, e 49,8%, ou 199 formulários – divididos nos povoados de Capim Duro (27), Serra Velha (27), Araças (27), Bonfim (24), Caruaru (22), Panelas (21), Belém de Fátima (19), Bananeira (19) e Paus Pretos (13). A margem de erro máxima é de 4,8 %, para mais ou para menos, com o intervalo de confiança de 95%, ou seja, os dados representam, no mínimo, 95% da realidade atual. O estatístico responsável é Marcos Flaviano Matos Soares.
A Pesquisa
A primeira pergunta feita na Pesquisa IPESE diz respeito à atuação da Prefeitura de Fátima no combate ao coronavírus. Aqui há uma boa notícia, especialmente para os profissionais da saúde do município, com 69,8% de aprovação. A segunda pergunta foi sobre o orgulho de ser fatimense e de viver no município. Os números são altos: 74,8% sentem orgulho e 22.8 não sentem o mesmo. A terceira pergunta diz respeito à disposição de ir para a urna votar, mesmo com a situação de pandemia em que vivemos. Foram 86% que afirmaram certeza em votar dia 15 de novembro. Apenas 1% disse que não vai e 13% não sabia ainda, mas prometem decidir mais perto da eleição. Veja os números detalhados:
A pergunta número 4 inicia o tormento do prefeito Sorria. Aqui o IPESE quer saber se o entrevistado aprova ou reprova a administração de Manoel Missias Vieira – O Sorria. A aprovação chega a 33% e a reprovação bate os 59,3%, quase o dobro. A quinta pergunta ainda é sobre o avaliação da administração do prefeito Sorria: Ótima – 5,8%, Boa – 14,5%, Regular – 28,7%, Ruim – 25,8% e Péssima – 25,3%. Aqui, Ruim e Péssima já dá maioria folgada. Já a pergunta 6 é sobre a avaliação do Governador Rui Costa: Ótima – 8,8%, Boa – 34,0%, Regular – 46,3%, Ruim – 7,0% e Péssima – 4,0%. O governador foi aprovado pelos fatimenses. Veja:
A pergunta 7 é sobre a avaliação do presidente Jair Messias Bolsonaro: Ótima – 1,8%, Boa – 13%, Regular – 34,8%, Ruim – 15,3%, Péssima – 35,3%. Este Messias também foi reprovado pelos fatimenses. A pergunta de número 8 trata da pesquisa propriamente dita para prefeito, na modalidade espontânea. Os resultados provocarão uma segunda noite de tormento no prefeito, porque os números não são nada animadores para o alcaide. Somando Binho + Binho de Alfredo, chegamos a estrondosos 60,6%. Somando Sorria + Manoel Missias + Messias, teremos 21,8, um dos mais baixos índices conseguidos por um prefeito em nossa região. Ainda temos 12,8% que não sabem, 3,8% que não votará em ninguém, e 1,3% que não quis responder. Se dia 15 de novembro estiver assim, vai ser um massacre! Veja:

A 9ª pergunta é pesquisa para prefeito estimulada, com os nome dos dois postulantes. Nela, Binho de Alfredo atinge números inacreditáveis: 65%. O prefeito Sorria sobe um pouquinho, mas nada que lhe dê esperanças: 23,3%. 8% não sabe e 3,8% votaria nulo ou branco. Veja os números no gráfico a seguir:
As três últimas questões são importantes também. A pergunta nº 10 trata da rejeição dos candidatos. Binho de Alfredo tem 21,3% e Sorria chega aos 65%, exatamente o percentual dos que votariam no candidato do PT. Os outros percentuais são para os que não sabem ou não quiseram responder. A pergunta de nº 11 é sobre mudança ou continuidade. A pergunta é simples e quer saber se as pessoas querem continuar tudo como está. Apenas 20,5 não desejam mudança alguma. 73% querem mudar e 6,5% não sabem. A última questão é uma reafirmação do desejo de mudança, mas a partir da perspectiva dos futuros eleitos. Resumindo, as pessoas querem um novo nome, um que já é prefeito ou um que já foi prefeito? As respostas: Que já é prefeito – 18,3%, Que já foi – 1,8%, Um novo nome – 63,7%, Tanto faz – 8,3% e Não sabe – 8,0. Veja:
A pesquisa do IPESE é bem elaborada, inteligente e reveladora. Ela consagra o que já sabemos, o que se vê e não necessariamente o resultado concreto da eleição, que ocorerá apenas daqui a 85 dias. Pesquisa é coisa de momento, mas o prefeito Sorria terá que preparar um plano de estratégia eleitoral acentuadamente bem elaborado para reverter esse quadro amplamente desfavorável. Isso significa abrir mão de certas atitudes e mudar radicalmente os objetivos. Ou Sorria faz isso ou será o protagonista da maior e mais acachapante derrota sofrida por um prefeito em exercício na história da região Nordeste da Bahia. Fato é que está muito difícil não imaginar Binho de Alfredo tomando posse, em 1º de janeiro de 2021, como prefeito eleito de Fátima.